Na última quarta-feira (18/9), o X, rede social de Elon Musk, voltou a ser acessado por usuários brasileiros, mesmo com o bloqueio oficial ainda em vigor. A jogada? Uma atualização engenhosa na rede, utilizando endereços de IP vinculados ao serviço Cloudflare, uma plataforma que protege e otimiza serviços online. Isso complicou o bloqueio por parte das autoridades brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint).
O que rolou?
Basicamente, antes do bloqueio determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, o X usava IPs mais fáceis de identificar e bloquear. Mas com essa atualização, o X passou a operar de uma maneira “camuflada”, usando IPs dinâmicos do Cloudflare, que mudam constantemente, tornando muito mais difícil a tarefa dos provedores de internet de manter o bloqueio ativo.
O truque do Cloudflare
O Cloudflare é um proxy reverso que intercepta as solicitações dos clientes antes de chegarem ao servidor real. Ou seja, ele age como uma camada de proteção que esconde os IPs reais dos servidores, mudando-os constantemente. A Abrint explicou que, ao bloquear o Cloudflare, serviços essenciais como bancos e outras grandes plataformas de internet também poderiam ser afetados, o que torna a decisão de bloqueio mais delicada e arriscada.
Moraes vs. Musk
O bloqueio original veio após o X descumprir uma ordem judicial para indicar um representante legal no Brasil, o que resultou na suspensão total da rede no país em 31 de agosto. Além disso, Moraes bloqueou as contas da Starlink, empresa de internet via satélite também pertencente a Musk, como garantia para o pagamento de multas impostas ao X.
Apesar da pressão, as empresas de Musk pagaram os valores exigidos — R$ 11 milhões da Starlink e R$ 7,2 milhões do X — e conseguiram o desbloqueio das contas da Starlink. Porém, o X continuou tecnicamente bloqueado, até que a rede “driblou” o sistema, voltando ao ar graças à ajuda do Cloudflare.
E agora?
O jogo de gato e rato entre Musk e as autoridades brasileiras continua. A Abrint reforça que os provedores de internet não podem agir sozinhos e que qualquer nova tentativa de bloqueio precisa ser orientada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
E você, o que acha desse esquema? Acompanhe as últimas novidades sobre o X e as ações de Elon Musk. 👀